A contabilidade como ferramenta de gestão estratégica

A contabilidade como ferramenta de gestão estratégica

Gerir empresas de forma estratégica sempre foi uma grande necessidade no mundo corporativo. Isso porque a gestão estratégica permite otimizar os resultados e melhorar a performance tanto dos colaboradores quanto do controle de estoque, além de aumentar os lucros. E quando falamos da Contabilidade como ferramenta de gestão estratégica?

Com a evolução da área contábil e a necessidade de inovação nos sistemas de gestão das empresas, a contabilidade surge como uma importante ferramenta de gestão estratégica, podendo auxiliar através de seus demonstrativos contábeis.



Contabilidade e gestão estratégica: ferramentas e metodologias

No mundo corporativo, existem algumas importantes ferramentas de gestão. Abaixo listamos as mais usuais, analisando o uso da contabilidade como uma dessas ferramentas:

  • Análise de SWOT:

A análise ou matriz SWOT propõe uma avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da empresa.

  • As 5 Forças de Porter:

 Ameaça de produtos substitutos; ameaça de entrada de novos concorrentes; poder de negociação dos clientes; poder de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os concorrentes.

  • Matriz BCG:

A Matriz BCG orienta o empresário a fazer uma análise periódica para otimizar sua proposta de produtos ou serviços existentes, analisando aqueles que geram mais caixa e exigem menos esforço para o seu custeio.

Tendo em vista as informações expostas acima, neste artigo propomos um novo olhar sobre a contabilidade, compreendendo-a como uma ferramenta eficiente de gestão estratégica que age em conjunto com as demais ferramentas já utilizadas na rotina empresarial, como as exemplificadas acima.

Benefícios da contabilidade aplicada à gestão estratégica

Em virtude de seus relatórios financeiros, a contabilidade utilizada como gestão estratégica é o meio pelo qual é possível avaliar a situação econômica e financeira de uma empresa de forma real, conforme os fatos ocorridos e registrados.

Em outras palavras, é como se olhássemos um retrato da empresa através do balanço patrimonial, visto que todos os fatos contábeis e financeiros são registrados pela contabilidade.

Então, por que não usar todos os relatórios e análises disponíveis na contabilidade para implementar uma gestão estratégica? Para exemplificar essa questão, observe quais métricas e informações podemos ter através da análise de um balanço patrimonial:

  • Conhecer a posição patrimonial da empresa, através de seus bens, direitos e obrigações;
  • Avaliar custos operacionais e financeiros do negócio;
  • Investigar quais são as principais fontes de recursos, por exemplo: venda de produtos ou venda de serviços, ou, ainda, venda de seguros ou de pós-venda (manutenções);
  • Avaliar o desempenho financeiro ou operacional por meio da evolução histórica do patrimônio;
  • Fazer o planejamento fiscal e tributário para a redução da carga tributária da empresa;
  • Determinar qual o valor da empresa no mercado através de ferramentas contábeis como valuation e goodwill;
  • Analisar fluxos de caixas e de pagamento de dividendos aos sócios, fornecedores e colaboradores.

Portanto, pode-se observar que são inúmeras as possibilidades e ferramentas contábeis para auxiliar na gestão estratégica empresarial a partir da contabilidade.

Além disso, há uma evolução constante na apresentação das demonstrações contábeis e fiscais por meio de obrigações legais exigidas pela Receita Federal do Brasil, como a Escrituração Contábil digital e a Escrituração Contábil fiscal.

Utilizando as informações contidas nessas declarações, é possível mensurar as informações fiscais e movimentações de mercadorias (produtos de revenda ou matéria prima), as análises dos custos dos produtos e, inclusive, a receita bruta de venda de produtos ou serviços.

Com isso, vemos que a informação contábil ganha cada vez mais espaço, fazendo parte da gestão estratégica das empresas. Porém, é preciso ter em mente que, para que essas informações possam ser usadas de forma segura (retratando de fato a realidade da empresa), é preciso ter uma escrituração contábil e fiscal em dia e em conformidade com a legislação. 

Estando em conformidade com a lei, as informações contábeis apresentam indicadores seguros da situação das empresas, seja essa situação financeira ou econômica. O que torna possível analisar o desempenho e, consequentemente, melhorá-lo.

Como resultado dessas informações, temos as análises contábeis que fornecem a comparabilidade de desempenho da empresa de um ano para o outro, bem como com outras empresas do mesmo setor/seguimento.

Dessa forma, com os medidores de desempenho, e conseguindo avaliar os pontos fortes e aqueles que precisam ser trabalhados, essas análises possibilitam identificar quais medidas devem ser tomadas para alavancar o desempenho.

Demonstrações Contábeis

Até agora analisamos o uso das informações contábeis e a importância da sua utilização na gestão estratégica. Mas como conseguir essas métricas tão importantes?

A resposta é simples: através das demonstrações contábeis, que são os relatórios financeiros, fiscais e contábeis em que mensuramos todos os índices e informações da empresa.

Uma vez que esses registros fornecem um extenso banco de dados, é importante conhecer cada uma dessas demonstrações e suas informações, para então serem utilizadas na gestão estratégica das empresas. Veja:

  • BP – Balanço Patrimonial:

É uma demonstração contábil que mostra, de forma qualitativa e quantitativa, a posição patrimonial e financeira da empresa em um determinado período.

  • DRE – Demonstração do Resultado do Exercício:

É uma demonstração contábil que mostra se as operações de uma empresa estão gerando lucros (receitas) ou prejuízos (despesas) em um determinado período.

  • DLPA – Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados:

É uma demonstração contábil que evidencia as alterações nos saldos das contas de lucros ou prejuízos acumulados no Patrimônio Líquido.

  • DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa:

É a demonstração contábil que evidencia a movimentação de dinheiro ou disponibilidade, mostrando as entradas e saídas que ocorreram dentro de um determinado período.

  • DVA – Demonstração do Valor Adicionado: 

Por ser obrigada somente às companhias de capital aberto, essa demonstração contábil não é muito utilizada. Porém, através dela é possível mensurar o valor da riqueza gerada pela companhia e a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza.

Dessa forma, conforme o exposto, a contabilidade como ferramenta de gestão estratégica permite analisar o cenário atual da empresa por meio dos relatórios citados acima. 

Por sua vez, eles se tornam elementos indispensáveis para a análise dos indicadores, que permitem observar a situação atual da empresa e seus aspectos patrimoniais, econômicos, financeiros e operacionais.

Conteúdo Original Blog Arquivei