Já notou como o avanço tecnológico muda a realidade do trabalho e da sociedade? O upskilling tem a ver com tudo isso.
Com o passar dos anos, profissionais de Recursos Humanos (RH) precisaram adquirir novos conhecimentos e habilidades para terem uma atuação mais estratégica dentro das empresas e corresponder às expectativas. Isso é um processo contínuo.
O mesmo acontece com profissionais de outros setores, mas estes podem contar justamente com a atuação do RH para garantir que seu processo de aperfeiçoamento de habilidades se dê com o apoio do empregador. Uma realidade que beneficia a todos.
Neste post, vamos contar a você o que é upskilling, por que apostar nesta metodologia de gestão de pessoas e apresentar alguns caminhos. Acompanhe!
O que é upskilling
Na tradução do inglês para o português, skill quer dizer habilidade. Por sua vez, upskilling é um termo que faz referência ao aprimoramento, ou seja, a um processo que permite a um profissional aprimorar suas habilidades.
Não falamos de uma situação que permite ao profissional adquirir novos conhecimentos para mudar de carreira. Diferente disso, falamos de uma realidade em que, por meio do aprimoramento, este profissional pode atuar de forma mais significativa em sua função e construir uma carreira mais sólida.
Um profissional de RH, por exemplo, ao fazer um dos cursos da Universidade Tangerino está fazendo upskilling. Em outras palavras, está investindo na ampliação de conhecimentos, na melhoria de habilidades que dizem respeito à sua área de atuação.
Upskilling vs. reskilling
Outro conceito relacionado e que é comumente apresentado junto ao do upskilling é o reskilling. Considerando que estes são termos que ainda estão sendo difundidos, vamos abordar brevemente a diferença entre eles aqui.
Enquanto o upskilling é o aprimoramento de habilidades profissionais, o reskilling é o redirecionamento dessas habilidades, ou seja, diz respeito a uma requalificação.
Basicamente, um processo de reskilling permite que um profissional adquira habilidades não-relacionadas à sua função atual para que, a partir daí, este possa exercer uma função diferente.
Por que o upskilling é importante
Uma das principais justificativas atreladas à importância da metodologia upskilling são as mudanças que o avanço tecnológico, em especial da inteligência artificial (AI), provocaram no universo do trabalho.
Promover a adaptação à novas soluções
Vamos a um exemplo bem simples: um profissional de Recursos Humanos que está habituado a fazer a conferência de dados mês a mês para fechar a folha de pagamentos pode precisar de um curso de aprimoramento para lidar com um software de controle de ponto com várias funções automatizadas.
Do contrário, pode não se capaz de realmente otimizar a tarefa de fechamento da folha, tampouco de aproveitar outras funcionalidades que esse tipo de software tem a oferecer.
Profissionais das mais diversas áreas que estavam acostumados com processos analógicos ou até mesmo informatizados, mas sem o entendimento das possibilidades apresentadas pela automação podem precisar do upskilling.
Para uma empresa, apostar nesta metodologia é estabelecer uma relação de ganha-ganha. De um lado estão os funcionários que vão ter oportunidade de adquirir conhecimentos e ampliar suas habilidades. Do outro, está a própria organização que terá retorno sob este investimento feito, podendo contar com profissionais mais capacitados em seus quadros.
Favorecer o desenvolvimento de soft skills
De forma indireta, o avanço da tecnologia também está atrelado a outras mudanças que tornam o upskilling necessário ou, no mínimo, benéfico para as partes.
Com o advento da AI no campo corporativo, diversos trabalhadores tiveram suas funções alteradas ou podem ver isso acontecer. Tomemos por exemplo a existência de um RH estratégico que pode contar com soluções digitais para otimizar a burocracia que faz parte de sua rotina e, consequentemente, atuar de forma mais ampla pelo sucesso de uma empresa.
Essa mudança é vista ou pode se tornar realidade para diferentes profissionais, em diferentes atuações. Como consequência, outras habilidades que extrapolam o conhecimento técnico ― as chamadas hard skills ― se tornam cada vez mais exigidas.
Com isso, as chamadas soft skills ganham destaque e também podem ser “alvo” de processos de upskilling. A capacidade de trabalhar em equipe, de gerir bem o tempo ou de exercer a criatividade estão entre as habilidades que podem ser trabalhadas com funcionários de uma empresa, visando seu aprimoramento.
Como adotar a metodologia upskilling
Para falar sobre a adoção da metodologia de upskilling, convidamos você a uma reflexão sobre quando seguir essa ideia realmente vale a pena. O que buscamos apontar é que tipo de mentalidade sua empresa deve ter para que o upskilling seja mais do que um termo “da moda” falado pelos corredores.
Quando uma organização firma parceria com uma instituição de Ensino Superior, pode conseguir melhores condições para que seus funcionários façam cursos que podem servir tanto para o upskilling quanto para o reskilling.
Este é um benefício, inclusive, que pode ser apresentado como um diferencial competitivo pela empresa a fim de atrair e reter talentos que entendam que há um interesse na valorização do capital humano por trás dessa estratégia.
Acontece, porém, que não convém que a empresa firme essa parceria com a instituição de ensino sem saber como exatamente gostaria de aproveitá-la, não é mesmo? Não se trata de apenas oferecer algo aos funcionários, mas de oferecer algo que agregue valor a ambas as partes.
Essa breve reflexão nos serve para indicar que o upskilling não deve ser adotado apenas porque parece ser importante ou porque pode apresentar benefícios. Sua empresa precisa saber o que busca ao investir no aperfeiçoamento de seus profissionais. Somente assim é possível determinar quais estratégias serão usadas em cada caso.
Por onde começar?
Com base na reflexão feita, vamos a alguns questionamentos que podem ser feitos para que a empresa defina melhor quais caminhos tomar com o upskilling.
A ideia inicial é entender que a empresa precisa identificar quais são suas demandas e isso pode ser feito a partir de três questionamentos:
- Que tipo de evolução é percebida no setor e na estratégia da empresa?
- Quais as habilidades já existem dentro da organização, por meio dos funcionários?
- Quem são os funcionários, segundo suas habilidades, e o que cada um deles pode aprimorar?
Tomemos o RH como exemplo mais uma vez. Como já mencionamos, o setor tem atuado de forma mais estratégica.
Atentar a isso responde à questão de número 1 porque indica que a empresa precisa evoluir para que o RH não lide apenas com questões burocráticas e passe a ter mais influência nas conquistas da organização.
É natural que um setor de RH tenha profissionais com perfis diferentes. Alguns podem estar mais aptos justamente às burocracias comumente atribuídas ao Departamento Pessoal (DP).
Outros podem estar mais preparados para analisar relatórios de softwares de gestão para identificar problemas de produtividade ou de motivação em uma equipe. Pontos que respondem à questão de número 2.
Para que essa possibilidade de tirar bom proveito da tecnologia de forma a garantir o RH mais estratégico que a empresa busca, pode ser preciso identificar quais os funcionários do setor têm mais inclinação para assumir essa tarefa. Algo que responde à questão de número 3 e que direciona à escolha de estratégias de upskilling para que tal profissional seja preparado para sua nova missão no RH.
Convém ressaltar que, para descobrir todas essas questões, a empresa não precisa apenas deduzir. Pesquisas de satisfação, de desempenho, solicitação de feedbacks e até dinâmicas de grupo podem ser úteis para se ter uma visão mais clara de quais habilidades podem ser trabalhadas e com quais objetivos.
Acreditamos que você não tenha dúvidas quanto a isso, mas não nos custa esclarecer os questionamentos que direcionam a adoção da metodologia de upskilling se aplicam a diferentes setores da empresa.
Quais estratégias escolher?
Seja como for, uma vez que a necessidade de aplicar o upskilling for identificada e bem fundamentada, é importante saber quais tipos de estratégia podem ser escolhidas para propiciar o aprimoramento dos profissionais.
Para falar a respeito, antes de qualquer coisa, recorremos a explicações dadas por Ben Eubanks, principal analista da Lighthouse Research and Advisory, empresa de análise cujo foco é a excelência em pesquisa e consultoria estratégica em gerenciamento de capital humano.
Segundo afirma Eubanks, upskilling tem a ver com responder à questão: “Como podemos treinar um funcionário para ser o melhor profissional possível para o seu emprego atual?”, considerando “qualquer tipo de conteúdo ferramentas, treinamento, recursos que possamos oferecer a você para ajudá-lo a fazer isso”.
Dito isso, vamos a alguns caminhos que sua empresa pode seguir para adotar essa metodologia:
1. Métodos tradicionais de aprendizagem
O upskilling pode ser feito a partir do direcionamento dos profissionais da empresa a um curso de pós-graduação ou outro de educação continuada. A saber, cursos de aperfeiçoamento e atualização oferecidos por instituições de ensino entram na lista.
MBAs, cursos de informática, cursos para o uso de uma ferramenta específica, de idiomas, de oratória e outros podem contribuir para o upskilling.
Aliás, essa possibilidade nos leva de volta à já mencionada ideia de fechar parceria com instituições para apresentar aos funcionários benefícios que sejam estratégicos para ambas as partes.
É comum que as lideranças da empresa orientem sobre quais os cursos podem ou deveriam ser feitos pelos profissionais, de modo a garantir que se trate de um ganho para o funcionário e para a própria organização.
Com isso, tendo o upskilling em mente, convém que o RH e as lideranças tenham clareza de quais habilidades um profissional precisa desenvolver para saber direcioná-lo corretamente;
2. Treinamentos in company
Nem sempre um curso tradicional, ou seja, feito em uma universidade ou escola se faz necessário. A depender das habilidades a serem desenvolvidas pelo profissional ou pela equipe, um treinamento in company pode servir, quer este seja realizado pela própria empresa ou por especialistas contratados.
Tendo em mente especialmente a questão tecnológica que já apontamos como propulsora do upskilling, um treinamento pode servir para ensinar os envolvidos a lidarem bem com um novo software, por exemplo.
Vale lembrar ainda que programas de treinamento e desenvolvimento também podem ter foco nas soft skills, favorecendo o aprimoramento de habilidades menos técnicas, mas igualmente relevantes;
3. Aposta em programas de mentoria
Se a empresa conta com bons profissionais em seus quadros, o que é um objetivo comum e natural, pode avaliar a criação de programas de mentoria ou de tutoria contando com seus próprios funcionários.
A Robert Half destaca que gigantes como a Procter&Gamble se tornam especialistas no desenvolvimento de líderes porque apostam em mentoring. É algo que acontece, por exemplo, quando jovens talentos têm acesso à profissionais do alto escalão da empresa e podem aprender com eles ou se sentirem à vontade para buscar conselhos e orientações.
Algo similar pode ser pensado com base na realidade de cada empresa, de modo a permitir que trocas que agreguem valor aos envolvidos aconteçam, favorecendo o upskilling;
4. Uso da tecnologia no upskilling
Por fim, mas não menos importante, a própria tecnologia pode ser usada para que funcionários e equipes adquiram novos conhecimentos e se aprimorem profissionalmente.
Você sabia que existem empresas que usam a realidade aumentada para treinar seus funcionários? Para você entender como isso pode funcionar, vamos dar um exemplo, dessa vez, fugindo à realidade do RH e passando para a de um profissional de vendas.
A capacidade de persuasão de um vendedor precisa ser elevada, assim como sua habilidade para lidar com clientes pouco comunicativos ou até mesmo mal-educados.
Por isso, uma empresa pode recorrer a um óculos de realidade aumentada para colocar vendedor dentro de uma simulação que muito se parecesse com uma situação verdadeira.
Essa imersão coloca o vendedor em contato com um cliente difícil criado pela tecnologia, dando ao profissional a oportunidade de treinar e aprimorar suas técnicas de abordagem. Algo que, como é de se esperar, acontece sem que a empresa corra o risco de perder o tal cliente, já que ele não existe de verdade.
Esta não é a única forma que a tecnologia pode ser usada a favor do upskilling, mas descreve uma situação que deve ajudar você a entender o quão úteis as soluções existentes podem ser.
Por que apostar no upskilling
Agora você já sabe o que é o upskilling, qual sua importância e até como este método funciona. Mas, será mesmo que vale a pena investir tempo e recursos com tudo isso?
De forma bem direta, poderíamos dizer que tende a ser mais fácil esperar que os profissionais se aprimorem por conta própria, reconhecendo a importância de cuidar de suas carreiras. Ou ainda, dizer que se um funcionário não tem habilidades que correspondem às novas expectativas da empresa, pode ser substituído.
Além de inadequado, pensar dessa forma é pouco estratégico. E é justamente considerando a estratégia de mercado em prol do sucesso de uma empresa que vamos discorrer sobre o porquê de se apostar no upskilling.
Ao aplicar o upskilling na gestão de pessoas visando o desenvolvimento de equipes, a empresa pode conseguir os seguintes benefícios:
Maior capacidade de atração de talentos
Uma empresa que inclui a metodologia upskilling em suas ferramentas de gestão de pessoas comunica ao seu público interno e até ao mercado seu interesse em promover a evolução dos profissionais.
Esse esforço estratégico está entre as decisões que favorecem o employer brand, ou seja, a forma como os funcionários enxergam a marca empregadora. Considerando que o posicionamento dos trabalhadores é relevante para formar a opinião que outros profissionais têm de uma empresa, o upskilling pode ajudar a melhorar a atração de talentos;
Redução do turnover e de demissões
A melhoria no employer brand também reduz o turnover. Quando uma empresa investe no aprimoramento de seus funcionários, eles entendem que permanecendo no emprego têm mais chances de ter acesso a cursos, treinamentos e outros tipos de desenvolvimento que são importantes para a sua carreira.
Com isso, o upskilling contribui para reduzir a rotatividade de funcionários na empresa. Algo que ajuda a manter nos quadros profissionais qualificados e ainda, reduz custos que estão atrelados ao processo de demissão e preenchimento de vagas que se abrem.
E já que mencionamos o processo de demissão, vale mencionar que o upskilling também faz com que o desejo da empresa de demitir um funcionário por falta de qualificação para uma função se reduza.
Uma vez que se empenha em melhor preparar os profissionais, o empregador ganha por contar com funcionários que têm habilidades adequadas às demandas da empresa;
Aumento da produtividade
Funcionários que se sentem e que de fato são valorizados tendem a se sentir mais motivados para a rotina de trabalho. Quando falamos especialmente no desenvolvimento de equipes, o upskilling voltado a questões técnicas, mas também a soft skills que aproximam o grupo faz a diferença.
Munidos de mais conhecimento e mais confiantes para trabalharem como equipe, os profissionais têm melhores chances de alcançar ou otimizar a produtividade. Algo que, por sua vez, favorece a conquista de metas e de outros resultados relevantes para a empresa;
Melhor capacidade de lidar com mudanças
Profissionais mais qualificados e mais bem preparados também tem melhores condições de lidar com mudanças, sejam elas internas ou externas.
Se, eventualmente, um funcionário sair da equipe, com a metodologia upskilling os demais tem mais chances de saberem suprir essa ausência até que um novo profissional seja contratado.
Se é o mercado quem dita mudanças e apresenta novas demandas para a empresa, os profissionais já entenderam os benefícios de desenvolver novas habilidades e podem encarar o novo desafio de forma mais positiva;
Aumento da qualidade nos processos
Ainda, como haveria de ser, funcionários que têm a oportunidade de ampliar seus conhecimentos a aprimorar suas habilidades desempenham seus papéis com mais qualidade.
Essa qualidade tende a se refletir no trabalho individual e no trabalho em equipe, sendo importante para elevar a qualidade dos processos da empresa a outro nível;
Melhores oportunidades de crescimento
Por fim, vale dizer que aprender é algo que tende a contribuir para que os profissionais se sintam mais instigados e buscarem seu crescimento profissional. Aliando o upskilling a um plano de carreiras, por exemplo, a empresa pode desenvolver lideranças fortes e uma equipe cada vez mais diferenciada.
O papel do RH no upskilling
A aplicação da metodologia upskilling não é algo que depende apenas do setor de Recursos Humanos. Na verdade, assim como diversas outras estratégias voltadas para a gestão de pessoas, é preciso haver interesse e aval dos gestores.
O profissional do RH pode começar, portanto, apresentando à gestão da empresa o que é upskilling, quais motivos tornam essa metodologia importante e o que se tem a ganhar com sua aplicação.
Este artigo, inclusive, pode servir de base para essa conversa, mas convém traçar paralelos com a realidade da empresa e, se possível com dados sobre turnover, motivação e outros resultados das equipes.
É preciso ter em mente que, ainda que não seja o único responsável pela aplicação do upskilling, é do setor de RH o papel de ajudar a criar o entendimento de que as empresas não precisam buscar apenas profissionais “prontos”.
Lembra-se da evolução tecnológica que mencionamos como propulsora do aprimoramento de habilidades? Essa evolução é constante e impacta o universo do trabalho e a sociedade como um tudo. Assim, se a própria empresa não investir em upskilling, dificilmente vai ter um profissional sempre “pronto”.
Um levantamento realizado pela multinacional britânica Willis Towers Watson indica que, para 94% dos diretores de Recursos Humanos acreditam ser importante substituir treinamentos pontuais pelo desenvolvimento contínuo de novas habilidades. Algo que pode acontecer por meio do upskilling ou do reskilling.
O problema é que, ainda que a maioria entenda a importância desta aposta no desenvolvimento contínuo, apenas 18% dos diretores de RH, segundo a mesma pesquisa, realmente desenvolvem e aplicam programas de treinamentos contínuos.
Para minimizar esse “gap”, ou seja, para melhor direcionar o RH à adoção do upskilling como algo que faça parte da cultura organizacional, a Willis Towers Watson apresenta cinco pontos como sugestão:
1. Mudar para uma “arquitetura” baseada em habilidades
É preciso que o RH e outras lideranças da empresa não se prendam a uma arquitetura que separa os funcionários com base em trabalhos fixos, mas tenha em mente diferentes tarefas que surgem com o avanço tecnológico, assim como as habilidades que se fazem necessárias para exercê-las.
Em outras palavras, a ideia é dar abertura para que o upskilling ― ou até o reskilling ― amplie as possibilidades de atuação de cada profissional, tendo as habilidades que podem ser desenvolvidas como foco da nova arquitetura;
2. Garantir que o desenvolvimento contínuo faça parte do plano de negócios
A empresa pode tanto promover oportunidades para o upskilling quanto incentivar que os funcionários também sejam ativos em busca de seu aperfeiçoamento.
Seja como for, essa ideia de desenvolvimento de habilidades deve ser incluída ao plano de negócios, uma vez que é estratégica, e fazer parte da cultura organizacional. Dessa forma, é mais fácil transformar o aprimoramento em algo contínuo, ao invés de em iniciativas pontuais ou esporádicas;
3. Criar um “pool de talentos” para o futuro
O talent pool é um processo a ser realizado pelo RH para identificar talentos que podem ser desenvolvidos e que merecem ser valorizados dentro da empresa.
Basicamente, é algo que permite ao setor analisar cuidadosamente o quadro de funcionários e conhecê-los de modo a saber quem pode ser capaz de oferecer mais profissionalmente.
Indo além, a Willis Towers Watson sugere que uma empresa pode contratar e treinar pessoas para habilidades específicas, antecipando necessidades. Em outras palavras, pode fazer as contratações e capacitar os profissionais antes que uma função ou emprego seja criado.
Seja como for, é importante que o RH mantenha relacionamentos e parcerias que permita ao setor planejar o upskilling e o reskilling de modo a evitar desvantagens competitivas;
4. Adotar uma abordagem multifacetada
A abordagem multifacetada é o que permite às lideranças do RH compreender que existem diferentes necessidades de aprimoramento, assim como diferentes estratégias para a promoção desse objetivo. Assim, convém:
- Participar de conversas com outras lideranças para entender como o desenvolvimento de habilidades pode se alinhar às necessidades do negócio.
Essa estratégia que ajuda a entender quais estratégias ou linhas de aprendizagem devem ser adotadas para eliminar fragilidades existentes porque permite o acesso a uma visão mais ampla e prática da realidade; - Considerar os objetivos individuais de aprendizagem, assim como diferentes formas de promover esse conhecimento. É importante considerar que pessoas têm processos diferentes para aprender, por isso, pode ser importante considerar mais de uma estratégia;
- Envolver outras lideranças no upskilling. Com base no referido levantamento da Willis Towers Watson, 75% dos funcionários se dizem dispostos a fazer um curso que tenha sido sugerido por seu líder ou gerente.
Ainda, é importante que, além de engajados, esses líderes tenham autorização ou orientação para acompanhar o progresso dos funcionários e reportar isso ao RH. Isso vai permitir que os processos de aprendizagem passem por ajustes que se façam necessários para a sua efetividade;
5. Colocar a aprendizagem contínua no centro dos acordos de trabalho
Quando a Willis Towers Watson sugere que uma nova arquitetura seja seguida, dando destaque à tarefas e às habilidades, não o faz por acaso. A empresa defende uma ideia difundida também por outros especialistas: a de que as habilidades têm relevância crescente no mercado de trabalho.
Por isso, é possível considerar que o upskilling e o reskilling façam parte das conversas com candidatos e também do acordo ou contrato firmado com os funcionários.
A ideia é criar uma abordagem que permita que a adoção da metodologia como parte da cultura realmente contribua para atrair e reter talentos dispostos a se aperfeiçoar continuamente.
Isso pode ser crucial para que a empresa colha todos os benefícios do upskilling porque se a mentalidade dos profissionais também não for direcionada ao aperfeiçoamento, eles não vão se identificar. Com isso, podem declinar a vaga ou pior, contribuir para o aumento do turnover.
Conclusão
Mais do que uma metodologia a ser aplicada quando a empresa identificar alguma defasagem de habilidades, o upskilling é uma metodologia que pode ser ainda mais efetiva se fizer parte da cultura.
Por meio do upskilling, uma empresa pode focar no desenvolvimento de habilidades para qualificar seus funcionários e poder contar com eles para novas demandas criadas a partir da evolução tecnológica, social e mercadológica.
Ainda que a adoção da metodologia não dependa apenas do RH, o setor tem um papel estratégico na promoção do entendimento de que o aprendizado contínuo é cada vez mais importante. Assim como na definição de como o upskilling deve ser conduzido.
É sempre importante lembrar que as estratégias de aprendizado da metodologia upskilling pode ser aplicada de diferentes formas. Algo que deve ser definido com base em cada necessidade identificada, assim como no perfil dos funcionários e nos objetivos da própria empresa.
Se falamos de um aprimoramento que surge em razão de mudanças que impactam o universo do trabalho, precisamos lembrar que novas necessidades também direcionam a novas soluções.
Assim, o upskilling realizado precisa ser continuamente reavaliado e adequado de modo a garantir melhores resultados para a empresa.
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Conteúdo Original Blog Tangerino
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