Sabia que o Brasil é o país mais ansioso do mundo? E não ocupamos esse lugar só agora, com a vinda da pandemia, estamos nessa posição desde 2017. Mas o que o RH tem a ver com isso e como ele pode contribuir para a saúde mental no trabalho?
Se avaliarmos o fato de que as pessoas passam a maior parte do dia trabalhando e se preocupando com as obrigações diárias, podemos dizer que o RH tem um papel fundamental para ajudar no equilíbrio entre saúde e vida profissional.
Mas, o que faz do nosso país o mais ansioso do planeta? Especialistas apontam que existem várias barreiras e estigmas entre os brasileiros para buscar ajuda ou um tratamento adequado para cuidar da saúde mental, sendo ela, muitas vezes, negligenciada.
No entanto, os fatores vão muito além, e vamos explicar melhor neste artigo. Não deixe de conferir, pois você vai entender como pode quebrar essas barreiras na sua empresa e ajudar a promover a saúde mental no trabalho. Boa leitura!
- O quadro da saúde mental no Brasil
- O papel do RH nesse cenário
- Por que é importante pensar na saúde mental dos colaboradores
- 7 dicas de como promover a saúde mental no trabalho
O quadro da saúde mental no Brasil
Falar que a pandemia tem feito as pessoas enfrentarem desafios antes inimagináveis não é novidade para você.
É difícil encontrar alguém que não tenha sentido o reflexo dessa crise de alguma forma na vida, seja pessoal ou profissional.
Porém, o contexto em que os brasileiros viviam já não era dos melhores. Há muitos anos o país enfrenta uma situação econômica e social que gera incertezas na população.
O desemprego está diretamente relacionado a isso e é um dos fatores que mais causam ansiedade, depressão e agravam o surgimento de distúrbios mentais.
Então, se antes de passarmos pela pandemia já éramos considerados um país altamente ansioso — estamos falando de pesquisas que saíram antes da vinda da covid-19 —, a crise mundial chegou para agravar a situação. Ou seja, a pandemia já nos encontrou em situações difíceis.
O medo de perder o emprego, as incertezas do mercado de trabalho, o processo de adaptação ao trabalho remoto e, principalmente, o receio de adoecer fizeram com as pessoas, não só no Brasil, ficassem muito mais ansiosas e desenvolvessem doenças mentais.
Entre elas estão a síndrome do pânico, as crises de ansiedade e a depressão. Hoje, já são cerca de 19 milhões de brasileiros com transtornos de ansiedade, sendo essa a terceira principal causa de afastamento no trabalho.
Outro ponto importante a ser considerado é que com a vinda da pandemia, acentuaram-se as questões referentes às desigualdades sociais, bastante reforçada pelas redes sociais, fator que tem uma boa parcela no aumento dos índices de ansiedade entre as pessoas.
Enquanto famílias inteiras precisam permanecer em um mesmo ambiente, por falta de espaço em casa — o que aumenta o risco de contaminação pela doença —, outras contam com mais possibilidades de afastamento e têm melhores chances de se cuidar ou se tratar, caso a enfermidade aconteça.
Somado a tudo isso está o processo de adaptação ao trabalho remoto, um dos cenários mais importantes no contexto do RH e que mereceu um tópico à parte, pois impacta diretamente os resultados das companhias. Prossiga a leitura!
A saúde mental no trabalho em home office
De repente, o ambiente que era exclusivo para o descanso virou espaço de trabalho, o conhecido home office.
As crianças deixaram de ir para a escola e, vez ou outra, interferem nas reuniões online da empresa.
A rotina de acordar e se arrumar para ir ao trabalho se misturou à rotina familiar, que está ainda mais intensa e cheia de afazeres, já que a ordem das coisas mudou bastante. Se identificou com alguma das situações acima?
Essa é uma parte do cenário durante a permanência da pandemia, que nos forçou a conviver com uma nova realidade e o pior, de forma inesperada e sem direito a planejamentos.
Ainda que estejamos “em casa”, no ambiente familiar, o processo de adaptação nem sempre é fácil quando envolve o trabalho.
Nesse sentido, o RH deve ser um aliado dos colaboradores para ajudar a identificar as melhores formas de equilibrar a produtividade, a organização e, principalmente, a saúde mental.
Inclusive, entenda que a falta de sociabilidade provocada pela necessidade de trabalhar em casa, junto da sobrecarga de tarefas, são alguns dos fatores que contribuem para o aumento do número de suicídios, da ansiedade e do abuso de álcool e de drogas.
O papel do RH nesse cenário
Anteriormente, falamos que, entre os transtornos mentais, a ansiedade é a terceira maior causa de afastamento no trabalho, mas você sabe quais são os outros dois primeiros? Saiba que as reações graves de estresse e a depressão estão no topo dessa lista, respectivamente.
A primeira causa, reações de estresse, acontece muito por causa de fatores ligados à pressão diária em relação às atividades que envolvem: cobrança excessiva por parte dos gestores, metas irreais e inalcançáveis, problemas de relacionamento, entre outros.
Por isso, muito além de promover ações de saúde, é preciso repensar os valores e a cultura da empresa, o compromisso em adotar uma gestão de pessoas mais focada nas relações saudáveis e em despertar o comprometimento espontâneo do time, evitando situações em que precisem ser pressionados.
Quando tudo isso acontece, as doenças psicológicas, muitas vezes, são negligenciadas ou não recebem a devida atenção das organizações.
Esse é um dos fatores que mais contribuem para o agravamento de problemas na saúde mental do trabalhador.
Para evitar esse cenário, com a ajuda do RH, a empresa deve colocar em prática o entendimento de que as pessoas são suscetíveis aos problemas que acontecem diariamente, especialmente em situações de crise, e reagem cada um à sua maneira.
Nesse sentido, o setor deve ter em mente pilares importantes como base para estruturação dos processos voltados para a gestão de pessoas, como:
- entender a fundo as pessoas do seu time;
- tornar-se parceira dos trabalhadores, especialmente nos momentos de dificuldade;
- adotar uma gestão mais humanizada;
- investir em ações de promoção da saúde, seja ela física ou mental.
E quem cuida do RH?
O setor de Recursos Humanos cuida das pessoas, por isso ele deve ser a base para a empresa e em quem os colaboradores possam confiar, certo? Mas, e quem cuida de quem cuida das pessoas?
Os profissionais de RH são tomadores de decisão e exercem funções estratégicas nas organizações. Isso faz com que sejam ainda mais cobrados e recebam uma carga elevada das emoções alheias.
Isso também impacta na saúde mental desses gestores, afinal, também são pessoas e são tão suscetíveis ao desequilíbrio emocional quanto qualquer um.
Ou seja, é fundamental avaliar, de forma igualitária, a importância da saúde mental de quem lida com Recursos Humanos.
Especialmente no contexto de pandemia, o departamento tem ainda preocupações extras com o seu pessoal que envolvem:
- planejar medidas de higiene no contexto organizacional;
- elaborar ações que visam impedir a contaminação pelo vírus dentro da empresa, como a reorganização dos espaços;
- ter atenção à adaptação de processos seletivos e recrutamento online e até as demissões nesse sentido, além de diversas outras tarefas que podem provocar excesso de demandas e estresse.
Em muitas empresas é possível que os profissionais desse setor exerçam suas atividades de casa.
Isso ajuda muito quanto à prevenção da doença, sendo também uma forma de cuidar da própria saúde. Por isso, se possível, evite ir para a empresa neste momento.
Além disso, como quem lida com pessoas tende a compreender melhor como se dão as relações e os sentimentos, é importante ter atenção às suas próprias sensações e não tentar passar por cima do que está sentindo na tentativa de ser sempre forte.
Tenha em mente que profissionais de RH estão expostos, de certa forma, a todos os desafios que os demais colaboradores se expõem e a um desgaste emocional muito grande no dia a dia da organização.
Por isso, inserir quem lida com gente no planejamento de ações para promover a saúde mental no trabalho também é fundamental.
Outra medida importante é investir em acompanhamento psicológico para entender melhor como administrar e dividir os conflitos pessoais dos que envolvem as pessoas da sua empresa.
Por que é importante pensar na saúde mental dos colaboradores
Embora estar com a mente saudável seja determinante para o equilíbrio e bem-estar de todo o restante do corpo, no ambiente corporativo ela costuma receber pouca atenção. Mas como assim “determinante”?
Já reparou como as pessoas que estão muito ansiosas, preocupadas e estressadas acabam refletindo tudo o que estão passando por meio da saúde?
Muitas somatizam e têm quadros alérgicos e outras enfermidades que surgem com mais frequência quando estão enfrentando algum problema.
Porém, quando a pessoa resolve aquele impasse, os sintomas vão embora e ela fica bem. Sem falar do ponto de vista clínico que, geralmente, não consegue identificar nenhum sintoma, além da ansiedade causada pela situação.
Outros, desenvolvem doenças ocupacionais, depressão e crises de pânico por não saberem expor e lidar com as suas emoções.
Por isso, podemos dizer que muitas doenças estão diretamente relacionadas à qualidade da saúde mental do indivíduo, e o trabalho está entre os protagonistas quando isso está em desequilíbrio.
Tanto é que uma pesquisa já revelou que 78% dos profissionais entrevistados relacionam diretamente o trabalho, ou a falta dele, a doenças e sofrimentos psíquicos.
Esse dado mostra uma parte da realidade tanto do trabalho formal quanto informal e em diferentes níveis de ocupação.
Portanto, pensar em estratégias para promover a saúde mental dos colaboradores significa também investir em:
- melhorias nas relações dentro da sua empresa;
- aumentar o potencial competitivo da organização, já que os talentos observam isso e valorizam quem investe neles;
- elevar a produtividade e o engajamento, pois quem está feliz no trabalho tende a produzir mais;
- valorizar o que a organização tem de mais importante, que são as pessoas.
Como a saúde mental no trabalho afeta as empresas
Sabia que doenças como ansiedade e depressão no mercado de trabalho podem resultar em prejuízos trilionários na economia do mundo todo?
Você não leu errado, os danos ficam em torno dos trilhões de dólares por ano, de acordo com um levantamento já feito pela Organização Mundial de Saúde.
Se em escala global as perdas são gigantescas, os impactos nas organizações são percebidos, sendo proporcionais para cada negócio, resultando em danos internos e externos, tais como:
- perda de produtividade e, consequentemente, de receita para a empresa;
- aumento das taxas de absenteísmo e de presenteísmo;
- clima organizacional ruim;
- alta rotatividade;
- erros constantes na execução das tarefas e que podem resultar em prejuízos financeiros e perda de tempo;
- risco do agravamento ou surgimento de outras doenças decorrentes da ansiedade e depressão, fato que gera um quadro de colaboradores doentes.
7 dicas de como promover a saúde mental no trabalho
É muito comum vermos empresas que investem em atividades para auxiliar os trabalhadores da melhor forma e que sejam voltadas apenas para a qualidade da saúde física do time.
Contudo, vimos que isso não basta, e as organizações nem sempre planejam ações voltadas para a mente, como cuidar da saúde mental no trabalho.
Essa é uma carência no mercado e deve ser observada pelo setor de RH com mais atenção, afinal, já falamos sobre o impacto da mente em desequilíbrio no nosso dia a dia.
Entre as principais ações para promover a saúde mental do trabalhador estão as descritas abaixo. Confira!
1. Invista nos benefícios para valorização do time
Os benefícios oferecidos pela empresa ajudam a manter a saúde mental. Ano após ano, os planos e seguros de saúde estão no topo da lista dos mais valorizados pelos colaboradores.
Entre os motivos está a facilidade de ter acesso a serviços médicos que, sem essa ajuda financeira, não seria possível.
Oferecer vantagens como essas traz diversas contrapartidas ainda antes de os colaboradores utilizarem o serviço de fato, pois eles se sentem mais valorizados e isso os motiva e ajuda a evitar uma série de problemas, incluindo os relativos à saúde mental.
Se a companhia acredita que esse tipo de benefício é mais um gasto, é preciso enxergar como um investimento no time, cujos resultados serão percebidos também a longo prazo, com colaboradores mais saudáveis, dispostos e engajados com o trabalho.
Além de ser um auxílio para eles, oferecer um bom plano de saúde torna a empresa mais competitiva no mercado, pois os melhores profissionais tendem a dar preferência para trabalhar nessas organizações.
Apesar de os serviços de saúde estarem entre os preferidos, há outros tipos de benefícios que a empresa pode avaliar, como bolsas de estudos, participação nos lucros, incentivos em dinheiro e os não monetários.
2. Tenha um bom programa de promoção da saúde mental
É importante ter um bom programa de saúde mental e não apenas para tratamento de doenças, o famoso “apagar incêndio”.
Essas ações têm o objetivo de prevenir e promover a saúde, por isso não podem faltar na empresa.
Mas, para investir nessa estratégia, será necessário contar com a ajuda de especialistas na área da saúde.
Uma sugestão é verificar se o plano de saúde da companhia oferece programas nesse sentido e de que formas eles podem ser direcionados aos colaboradores.
Esse tipo de planejamento envolve atividades a longo prazo, e elas vão desde medidas de prevenção — como estimular a busca por um estilo de vida mais saudável — até a manutenção, com ações coordenadas diariamente e que envolvem os colaboradores e os líderes.
3. Dê atenção aos sinais
As doenças psicológicas costumam ser silenciosas e de difícil detecção, por isso, às vezes podem ser confundidas como falta de interesse, vitimismo, frescura e exagero pelos colegas e até mesmo pelas próprias vítimas das enfermidades.
Sabemos que todo mundo passa por fases delicadas na vida, mas ignorar os sinais de algo que pode ser patológico é um grande erro.
Veja quais são os principais sintomas das doenças mentais que mais acometem as pessoas no mercado de trabalho, como a depressão e crises de ansiedade:
- irritabilidade;
- desânimo;
- queda na produtividade;
- falta de entusiasmo com os desafios;
- esquecimento;
- dores de cabeça;
- náusea;
- tontura;
- desmaio;
- dor no peito;
- falta de ar;
- insônia (relatada pelo colaborador);
- constipação intestinal.
Por isso, oriente seus gestores a observarem quando os funcionários se queixarem desses sintomas e introduza na empresa a cultura da colaboração, do respeito, do diálogo e apoio ao próximo.
Além de ser um estímulo para que as pessoas se sintam à vontade no espaço de trabalho e possam se abrir sobre o que está acontecendo, também é uma forma de garantir um clima organizacional mais leve, saudável e respeitoso.
4. Instrua os líderes a reduzirem a pressão e cobrança diárias
Vale ressaltar que acompanhar de perto e dar feedbacks é diferente de cobrar de forma excessiva.
Porém, muitos gestores não entendem que há uma linha tênue entre as duas ações e acabam extrapolando com seus funcionários, causando um desgaste mental desnecessário.
Um ambiente em que as pessoas se sentem pressionadas, coagidas, constrangidas e oprimidas não pode oferecer nada além de um clima pesado, cansativo e nada saudável tanto para a empresa quanto para quem convive nela.
Entenda que quando a organização oferece oportunidades para pessoas serem elas mesmas, podendo trabalhar com mais leveza, sem renunciar ao compromisso com o seu trabalho, ela tem muito mais chances de crescer e se tornar uma empresa desejada pelos melhores profissionais.
Investir em um formato de trabalho mais maleável também é uma boa maneira de conquistar um ambiente mais livre, descontraído e menos rígido.
Para isso, defina os dias em que os trabalhadores poderão atuar de casa, caso o formato seja presencial, ou implemente jornadas de trabalho flexíveis.
5. Reveja a cultura da empresa
Já abordamos o fato de que o clima organizacional influencia diretamente na saúde do colaborador, certo?
Se o ambiente de trabalho é o local em que as pessoas mais passam o tempo durante o dia (e boa parte da vida), imagine quando se tem um clima pesado, de discórdias, pressões ou até assédio de qualquer tipo? Não há saúde que aguente.
Porém, para mudar o clima de fato, é preciso rever a cultura organizacional. Isso quer dizer que valores que antes faziam sentido para a empresa, agora podem não ser mais interessantes, estarem ultrapassados e em desacordo com a nova mentalidade dos gestores.
Por exemplo: se a empresa atualmente está mais atenta em promover a diversidade cultural e a aceitação das diferenças, mas isso não está previsto em seus manuais de conduta e nos treinamentos, é preciso incluir o quanto antes.
6. Desconstrua os tabus ao falar sobre saúde mental no ambiente de trabalho
Pode parecer estranho — por serem consideradas doenças “modernas” —, mas ainda nos dias de hoje muitas pessoas têm receio de dizer que estão fazendo algum acompanhamento psicológico por medo de serem julgadas como “loucas”.
Esse estigma ainda existe e falar sobre depressão, crises de ansiedade e pânico, por exemplo, até hoje causa bastante aversão por aí.
Ainda, existe muita resistência em assumir a necessidade de ajuda profissional nesse sentido.
Acontece que essas são doenças que estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, pois, com o estilo de vida atual, é muito comum estarmos sempre na correria e não prestar atenção na necessidade de desacelerar.
Além disso, temos de lidar com a competitividade do mercado de trabalho e a pressão de ter que dar conta de tudo ao mesmo tempo.
Todo esse preconceito só atrapalha a busca por ajuda e o tratamento correto para que a pessoa melhore e viva bem, principalmente no ambiente de trabalho. Mas por que ainda existe tanto julgamento?
Vários motivos levam a sociedade, de maneira geral, a enxergar as doenças mentais com pré-julgamento e intolerância.
A falta de conhecimento é uma das principais razões, mas existem raízes muito mais profundas.
Antigamente, muitas instituições especializadas em atendimento para enfermidades mentais maltratavam seus pacientes e até hoje ouvimos muitas histórias tristes ocorridas em “hospícios”, como são popularmente conhecidos, mas cujo termo correto é soluções de saúde mental.
E como não havia muito conhecimento sobre essa área da ciência e da medicina, boa parte desse estigma veio daí.
Pessoas que sofriam com depressão e distúrbios mentais eram vistas como loucas e, por se tratar de um assunto bastante sério e complexo, essa crença está enraizada em nossa sociedade há séculos.
Porém, a ciência evolui constantemente e muitas dessas doenças são tratadas com eficácia, permitindo aos pacientes levarem uma vida perfeitamente normal durante e após os tratamentos.
No entanto, muitas outras situações podem desencadear novas crises e a saúde mental sofrer desequilíbrio novamente, e isso é comum.
Por isso, de tempos em tempos, promova ações que abordem discussões abertas sobre esse assunto na sua empresa e não abra mão das ações de prevenção, citadas anteriormente.
7. Tenha constância nas ações
Adotar as estratégias anteriores uma vez ou outra ou durante o período da pandemia não resultará em mudanças significativas para a organização.
Esse é um processo que deve ser contínuo e acompanhado de perto, pois os problemas e as dificuldades sempre vão existir.
Para tornar as ações corriqueiras e efetivas, planeje um calendário de atividades com uma periodicidade adequada para a rotina da organização: semanal, mensal, trimestral ou a cada seis meses, por exemplo.
Algumas sugestões:
- elaborar uma sessão coletiva de ioga ou meditação na empresa a cada 15 dias e convidar os colaboradores a participarem, enviar lembretes e eventos na agenda;
- propor um happy hour mensal por conta da empresa (ou na própria empresa), com bebidas, petiscos e músicas;
- propor música ambiente, se possível, para os colaboradores trabalharem mais relaxados;
- sortear estadias em pousadas, hotéis e spas de tempos em tempos;
- reforçar os valores da organização sobre ter a mente aberta para aceitar os problemas e entender como eles podem ser resolvidos. Ou ainda, introduzir esse pensamento, caso essa não seja uma prática comum;
- reforçar a importância do autoconhecimento e da inteligência emocional.
Conclusão
Para finalizar, entenda que todas as tarefas da rotina dos colaboradores precisam ser vistas, avaliadas e ajustadas, se necessário.
Elas têm influência direta no seu bem-estar e na qualidade do clima organizacional: ergonomia, carga horária, salário, relação com os líderes e com os colegas, entre outros.
Saiba também que pensar na saúde mental no trabalho não é nenhum privilégio das grandes organizações, mas, sim, um dever de empresas de todos os portes e segmentos.
Há colaboradores em todas elas e eles precisam estar bem para manter a própria qualidade de vida e contribuir com o sucesso da organização.
Conteúdo Original: Blog Tangerino