Especulação imobiliária é um termo bem comum, ao se falar em compra e venda de imóveis. Ela ocorre quando determinada região é valorizada e, consequentemente, os imóveis localizados nela — isso, por conta das diversas melhorias que ocorrem no entorno.
Trata-se de uma prática ligada à comercialização de imóveis em que existe uma expectativa de valorização de determinados empreendimentos, que serão alugados ou vendidos, quando houver valor agregado.
Neste artigo, você vai saber mais sobre especulação imobiliária e como ela afeta o mercado de imóveis. Continue a leitura e confira!
O que é especulação imobiliária?
Especulação imobiliária é um tipo de investimento em bens imóveis, como apartamentos, salas comerciais, casas, edifícios ou terrenos, visando a uma lucratividade acima da média. Isso ocorre devido à valorização da região no qual o imóvel está localizado. O proprietário ou investidor, na maioria das vezes, espera o momento mais propício para comercializar sua propriedade.
Na verdade, o lucro não é decorrente de melhorias e investimentos feitos no interior do imóvel, mas devido ao aumento dos preços no solo urbano. O local é valorizado em decorrência do desenvolvimento da região, que ganha mais infraestrutura — como a oferta de um comércio farto, opções de transportes, escolas, universidades e outros atrativos.
Como funciona a especulação imobiliária?
A especulação acontece quando um imóvel é comprado e se mantém vazio — sem ser comercializado — até que ocorra a sua valorização. Ou seja, quando o motivo da compra é a expectativa de que a região, onde a unidade está localizada, vá se valorizar em curto ou médio prazo.
Os conhecidos vazios urbanos (termo muito utilizado no mercado imobiliário) ocorrem devido à especulação — são aqueles imóveis desocupados por muito tempo dentro de uma região urbana, onde poderia existir uma infraestrutura expressiva — como supermercados, shoppings, residências, etc.
O fato é que os imóveis são valorizados por diversas iniciativas que modificam o seu entorno, como a pavimentação das vias, a construção de mais residências, a formação de um comércio mais robusto, entre outros fatores que tornam determinada região mais valorizada.
Tudo o que é construído no seu entorno agrega valor ao imóvel, principalmente, porque traz atividade para o local. Quando as construções são fruto de um bom planejamento, aumentam as possibilidades de conexões na região, gerando uma sensação de segurança, entre outros benefícios.
Quais as consequências da especulação imobiliária?
A especulação imobiliária, apesar de ser uma prática legal, traz problemas para cidades desenvolvidas. O principal deles diz respeito à existência de imóveis ociosos, vazios por muito tempo em regiões com infraestruturas boas, mas onde há possibilidades de um crescimento maior.
Vale lembrar que a especulação imobiliária não é crime, visto que as pessoas podem investir em imóveis visando lucro. Entretanto, o poder público pode adotar medidas que inibam a prática, como a cobrança de impostos maiores de imóveis sem uso social. Veja as principais consequências!
Grande concentração de lotes vagos
Em regiões em que o proprietário aguarda a valorização, a especulação imobiliária se torna um problema, já que algumas áreas encontram sérias dificuldades de urbanização e desenvolvimento. Isso tudo pelo fato de os espaços ficarem desocupados (vazios urbanos) e gerarem problemas, como o mato alto e o acúmulo de lixo.
Por outro lado, a expansão das regiões leva o poder público a investir em melhorias para garantir infraestrutura para novos bairros, o que acaba por incentivar a especulação imobiliária.
Segregação socioespacial ou urbana
Com a valorização do local, muitas vezes bem superior à renda da população, as áreas mais centrais se tornam inacessíveis para uma boa parte dos moradores — uma vez que ocorre um aumento de aluguéis e impostos.
Dessa forma, a população, menos favorecida financeiramente é obrigada a migrar para regiões mais distantes, mas que se enquadram à sua realidade financeira. Geralmente, são locais com menos elementos básicos que compõem uma boa infraestrutura, o que inclui saneamento básico, pavimentação, acesso a uma boa rede de transporte, entre outros.
Crescimento horizontal das cidades
O crescimento horizontal é uma das maiores consequências da especulação imobiliária no espaço geográfico. Na verdade, o número de espaços vazios a espera de valorização no mercado imobiliário faz com que ocorra um aumento de loteamento em regiões cada vez mais afastadas dos grandes centros.
O fato é que as empresas acabam usando estratégias de mercado para construírem loteamentos em regiões mais afastadas. Isso ocorre com o objetivo de suprir as necessidades de pessoas que não se encontram em condições financeiras de morarem em regiões muito valorizadas.
A consequência disso é negativa, tanto para o poder público quanto para o trabalhador que sofre com o grande deslocamento para o trabalho. Os sistemas públicos de transporte, por sua vez, se veem sobrecarregados, devido à grande mobilidade urbana.
Como a especulação afeta o mercado imobiliário?
Na especulação imobiliária, o solo é o principal componente financeiro, tornando-se sujeito às regras de mercado, como a lei da oferta e procura e a livre concorrência. É ele o maior responsável por agregar valor aos imóveis das regiões de uma cidade.
Em virtude disso, existe um constante interesse em investimentos nas regiões mais afastadas, onde o valor do solo é menor, devido à baixa demanda. Após esse primeiro passo, ocorre a espera para que a região se desenvolva e valorize os imóveis construídos no local.
O valor do imóvel ocorre em razão da especulação imobiliária e do desenvolvimento da infraestrutura. No entanto, apesar disso, é muito comum ver, em áreas urbanas em desenvolvimento, terrenos e imóveis que foram adquiridos baseados na especulação, mas que permanecem vazios em uma longa espera pelo desenvolvimento da região.
Como você conferiu neste conteúdo, a especulação imobiliária é uma prática comum no mercado imobiliário e pode ser utilizada para a obtenção de bons lucros em investimentos no setor. No entanto, é sempre bom fazer uma análise minuciosa acerca de cada unidade para que não ocorram prejuízos futuros!
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