Desonerações no novo governo serão ‘definitivas e universais’

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A equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, promete implementar um plano de desoneração da folha de pagamento que evite
repetir aspectos das medidas tomadas durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Nas palavras do  futuro secretário da Receita, Marcos Cintra, as desonerações serão definitivas e universais, com impacto bem diferente. Cintra afirma que as medidas voltadas à folha de pagamento incluem a desoneração da contribuição previdenciária e aquela ligada ao Sistema S, que pode ter até 50% dos repasses cortados. Segundo ele, o pagamento das empresas destinado
às entidades pode até virar opcional. Anualmente, o repasse às entidades (que incluem Sesi, Senai e Sebrae, entre outras) fica em torno de R$ 17 bilhões ao ano.  A Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade patronal que recebe recursos do Sistema S, divulgou um posicionamento em que confronta as afirmações da nova equipe e defende as entidades que integram o Sistema S. “Será que o futuro ministro sabe da importância dessas instituições para o país? Será que ele tem noção do prejuízo que representaria um corte desse tamanho em entidades que têm utilizado, de maneira qualificada e transparente, os recursos destinados pelas empresas privadas para suas ações?”, afirma o texto.
A CNI afirma ainda que menos 30% nas verbas representaria consequências como o fechamento de 162 escolas de formação profissional, o corte de 1,1 milhão de vagas em cursos profissionais oferecidos por ano pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a demissão de 18,4 mil trabalhadores em todo o país e o cancelamento de atendimentos em saúde para 1,2 milhão de pessoas. Quem vai ganhar esse queda de braço?

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