A maior desvalorização do real em relação ao dólar e uma variação em ritmo mais aproximado entre custo de produção e preços médios devem contribuir para um ganho de rentabilidade aos exportadores em 2018. O avanço significa recuperação de margem de lucro após dois anos de recuo da rentabilidade do exportador. Segundo projeções da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) feitas a pedido do Valor, o índice de rentabilidade do total dos embarques deve subir entre 7,6% e 14,9% neste ano em comparação a 2017, variando conforme o cenário para evolução de custos de produção e preços de
exportação e conforme o dólar médio do ano. As projeções para o câmbio levaram em conta as estimativas divulgadas pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC). Entre os cenários traçados, o quadro considerado mais provável atualmente é aquele em que os preços médios de exportação sobem 4,5% neste ano em relação a 2017, com alta de custo de produção de 6,5%. Considerando um dólar médio de R$ 3,55 para o ano de 2018, a rentabilidade do exportador deve avançar 9,2% em relação ao ano passado. Nesse mesmo cenário, na pior das hipóteses traçadas, com câmbio a R$ 3,50, o índice de rentabilidade das exportações cresceria 7,6% na comparação com 2017. Na melhor das hipóteses, com câmbio a R$ 3,65, a rentabilidade cresceria 14,9%
em relação ao ano passado. Em relação à indústria de transformação, a Funcex projetou avanço de preço médio das exportações de 3% em 2018 na comparação com o ano passado e alta de 5% no custo de produção em igual período. Com dólar médio de R$ 3,55 em 2018, a rentabilidade do exportador cresce 9,1%. Com dólar médio a R$ 3,50 e a R$ 3,65, esse índice avança 7,5% e 12,2%, respectivamente.
O economista da Funcex ressalva, porém, que a instabilidade do cenário atual traz grande incerteza para as projeções de taxa de câmbio. “O dólar chegou à casa dos R$ 3,90 inicialmente como reflexo do que aconteceu na Turquia. Mesmo que o mercado se acalme em relação a isso, o dólar pode ficar sujeito a outros fatores, sejam eles externos, com uma nova turbulência, sejam internos, como a incerteza das eleições.”
Com a evolução do primeiro semestre, porém, a tendência é de ganho de rentabilidade, o que significa
uma reversão do quadro dos dois últimos anos. Em 2017, o índice de rentabilidade caiu 1,2% em relação a 2016 quando a queda foi ainda maior, de 8,2%, na comparação com o ano anterior. (Fonte: Valor Econômico)
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