O ano de 2020 começou com a promessa de crescimento do mercado imobiliário, representando o motor do avanço da economia no ano.
Ainda no primeiro trimestre, o mundo foi impactado com uma pandemia global que trouxe consequências para a economia como um todo, mudando as perspectivas do ano.
Mas, no mercado imobiliário, o cenário ainda é próspero.
Por conta da crise provocada pelo coronavírus, o Banco Central baixou consideravelmente a taxa básica de juros nos últimos meses, deixando a Selic no menor patamar da história, atualmente em 2,25%.
Com a Selic baixa e, consequentemente, reduções nas taxas de juros de financiamento imobiliário nos bancos, o momento tornou-se extremamente favorável para quem tem renda estável e capacidade de pagamento.
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Além disso, com as sucessivas reduções da Selic, o custo oportunidade de deixar o valor investido em investimento de renda fixa diminuiu.
Há pouco tempo, deixar o montante correspondente ao da entrada de um imóvel em um investimento conservador gerava, muitas vezes, um rendimento mensal suficiente para pagar o aluguel, fazendo o consumidor abrir mão da casa própria, já que a parcela do financiamento seria muito maior.
Para efeito ilustrativo, de acordo com levantamento realizado pela Credihome, há alguns anos, com a taxa Selic mais alta, a média do valor da parcela inicial de um comprador de imóvel – com intuito de financiar 200 mil reais, em 30 anos – era de, aproximadamente, R$ 2.560.
Atualmente, o mesmo consumidor pode conseguir uma parcela mensal de cerca de R$ 1.580.
Este menor comprometimento de renda traz novos consumidores ao setor, possibilitando que pessoas com rendas mais baixas sejam capazes de financiar valores mais elevados para adquirir a casa própria.
Deve-se considerar ainda outras facilidades oferecidas pelo mercado em meio à pandemia, como carências maiores e entradas facilitadas, que tornam ainda mais atrativa a compra de imóveis, seja próprio ou para investimento.
Uma segunda alternativa, ainda relacionada com o potencial do mercado imobiliário, que vem crescendo no Brasil nos últimos meses é o crédito com garantia imobiliária, conhecido como home equity.
Trata-se de uma modalidade de crédito com juros mais baratos, mas que demanda uma mudança de modo de pensar do brasileiro, de ver o imóvel como uma oportunidade.
Atualmente, o home equity representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que é muito pouco quando comparado a países desenvolvidos ou até mesmo com alguns vizinhos da América Latina.
Com os juros em queda, simplificação da aquisição deste tipo de crédito – que hoje pode ser feito de forma completamente digital -, e outros incentivos espera-se que essa modalidade também se popularize.
Todos esses pontos ainda indicam o mercado imobiliário como um dos principais setores responsáveis por c a recuperação da economia no Brasil.
Por: Bruno Gama, CEO da Credihome.
Fonte: Jornal Contábil